JESUS, UM GPS PARA TODO O SEMPRE
Outro dia, o Ribas Neto, jornalista, radialista e outras pistas, amigo de longa data, desde quando éramos vizinhos na Leopoldo Lins, Boa Vista, capital pernambucana, me recomendou a leitura de um livro chamado Jesus, o homem mais sábio que existiu, Steven K. Scott, RJ, Sextante, 2010, 240 p.
A encomenda chegou logo, a livraria avisando da existência de poucos.
Fui dormir depois da meia-noite, agarrado na leitura. E nela descobri que o Homão da Galileia, nosso Irmão Libertador, não fala de religião, mas de posturas que favorecem um melhor relacionamento entre os seres humanos.
O livro mostra como estabelecer um GPS individual, nunca individualista, para todo o sempre, mesmo para aqueles que não nutrem sentimentos religiosos, mas que desejam apreender mais densamente as lições transmitidas por um ser humano esplendorosamente mais que ótimo! Nele, por exemplo, se pode diferenciar ilusão de realidade. Ilusão é proclamar que o futuro é mais importante que o presente, quando, na realidade, esse foco no futuro nos priva do poder do presente.
A leitura faz compreender porque a razão transforma mentes e a ação transforma vidas, áreas interdependentes e libertadoras por derradeiro. E dentre os itens enumerados a seguir, que cada um verifique quais são os considerados impeditivos, aqueles que impossibilitaram o cumprimento de uma missão como ser humano solidário: 1. Visão clara e precisa; 2. Estabelecimento ingênuo de objetivos; 3. Parcerias ineficazes ou prejudiciais; 4. Ausência de recursos suficientes; 5. Despreparo no enfrentamento dos fracassos; 6. Ausência de tesão existencial permanente; 7. Fragilidade nos corretivos tomados.
No livro, Steven Scott ressalta alguns pontos necessário para uma militância cristã madura e persistente: 1. Permitir sempre que a adversidade ajude na substituição de medos por confiança plena na ação do caminhar; 2. Usar as adversidades para agir como Jesus teria agido; 3. Encarar os obstáculos com ousadia; 4. Ouvir sempre de modo proativo; 5. Buscar entender a mentalidade e os valores dos outros; 6. Jamais adulações, sempre elogios sinceros, sem perder a ternura jamais; 7. Multiplicar os “sins”, reduzindo os “nãos” aos seus mínimos indispensáveis.
E o texto incentiva todos nós na superação dos egolatrismos, individualismos e hedonismos, também erradicando os vitimismos, os dolorismos, os coitadismos e os emocionalismos de fingimento, apenas encenados para plateias de abobados. Sempre de postura alicerçada na lição memorável deixada por Jesus em Lucas 6,47-48.
(Publicada em 24.01.2016, no Jornal do Commercio, Página Religião, coordenada pela jornalista Carmen Peixoto)
Fernando Antônio Gonçalves