HOMOFOBIA, PEDOFILIA E PUNIÇÕES
Sou daqueles que definem a homoafetividade como uma afetividade diferenciada das demais, sem nenhuma característica patológica, nem inferior nem superior à héteroafetividade. Entretanto, não sinto qualquer condescendência para com a homofobia e a pedofilia, favorável amplamente que sou a severas punições para quem as pratica, sejam religiosos, civis e militares das mais variadas graduações. De todos os gêneros, graduações, denominações ou dicastérios romanos. Inclusive de pré-nazistas do Congresso Nacional Brasileiro.
Para quem ainda não atentou para sutis práticas homofóbicas dos nossos derredores, tal patologia pode se manifestar através de pessoas que desejam “matar” sua própria homossexualidade, para que não venham sofrer possíveis discriminações. Que podem ser efetivadas na escola, no local de trabalho, na igreja, nas vias públicas e até nos ambientes ditos familiares.
A legislação brasileira necessita estabelecer legislação específica que reprima energicamente as agressões praticadas contra os homoafetivos. Inclusive em relação às pregações religiosas que ainda imaginam que a homossexualidade deve ser combatida, favorecendo “conversões”. Outro dia, num programa promovido pelo Geraldo Freire, radialista por quem nutro uma admiração fraternal de carteirinha, um pastor de uma denominação evangélica declarava que já tinha obtido a conversão para a heterossexualidade de quatro homoafetivos, como se fosse possível existir uma única opção sexual para homens e mulheres.
Atualmente, segundo estudos internacionais, o Brasil é um dos países mais violentos do mundo quando o assunto é homossexualidade. Inclusive com uma crescente “homofobia sistematizada” (para não dizer “organizada”), um dos sinais evidentes de posturas nazi-fascistas, num grau semelhante aos praticados no Terceiro Reich, sob o comando do assassino Adolfo Hitler.
Já a pedofilia, classificada como desvio sexual “caracterizado pela atração por crianças, com os quais os portadores dão vazão ao erotismo pela prática de obscenidades ou de atos libidinosos”, é tida como uma desordem mental e de personalidade.
O abuso sexual contra uma criança desrespeita todos os seus direitos: o direito à saúde, à vida, à dignidade, ao respeito e à liberdade. Desestrutura sua auto-estima, quase sempre tornando-a depressiva.
São necessárias medidas muito severas, colocando as crianças a salvo de todas as formas de negligência, discriminação, exploração, violência, crueldade e opressão. A construção de uma legislação mais efetiva no combate aos crimes sexuais cometidos contra crianças, inclusive nos ambientes considerados de elite, propiciará ao Estatuto da Criança e do Adolescente a inclusão de novos ilícitos penais.
Investigações efetivadas pela Polícia Federal ressaltam que jovens de classe média, idades entre 17 e 24 anos, estão sendo apontados como os principais produtores de imagens de crianças violentadas. E um dado assustador: associações ativistas “pró-pedofilia” argumentam que a pedofilia não é doença, mas sim orientação sexual, a sociedade devendo reconhecer e legitimar tais procedimentos. Uma manifestação que deveria ser ceivada em suas raízes, não se devendo culpar a Internet pelas manifestações desses animalizados, que certamente não sabem quase nada sobre a legitimidade das suas origens.
Recentemente, os meios de comunicação divulgaram a prisão de um policial militar flagrado dentro de um automóvel e embaixo de um viaduto com duas crianças, onze e quatorze anos, em procedimentos incompatíveis com a farda que ostentava. Fato que está a merecer expulsão sumária da corporação, seguramente composta de homens briosos.
Um site de muito bom acolhimento é o www.todoscontraapedofilia.com.br, onde se trava um bom combate, inclusive contra aquelas autoridades vaticanas que, em 1997, orientaram bispos a não denunciarem padres pedófilos. Uma orientação contrária integralmente aos ensinamentos do Homão da Galileia, que os chamaria de sepulcros caiados.
(Publicada em 13.05.2011, no Portal da Globo Nordeste, blog BATE & REBATE)
Fernando Antônio Gonçalves