DIÁLOGOS DA CONTEMPORANEIDADE


Com o título Conselhos de Educação e Direitos Humanos: Diálogos da Contemporaneidade, o MEC, através da Secretaria Especial dos Direitos Humanos, está divulgando texto elaborado por três reconhecidas inteligências – Antônio Paulo Rezende, Edla Soares e Paulo Henrique Martins – com a finalidade de discutir e debater questões pertinentes ao alargamento de uma cultura em Direitos Humanos para além das formulações educacionais restritas.
O documento é composto de três partes. Na primeira, Educação Escolar, Direitos Humanos e Conselhos, estimula a ampliação das responsabilidades dos colegiados na auditagem das estratégias imbricadoras implementadas entre o transmitir conhecimentos e o respeitar a dignidade humana dos educandos e das suas comunidades. Incentivando-os para um ir além dos aspectos decisórios meramente processuais, favorecendo a conscientização dos atores principais dos projetos educacionais: alunos, professores, dirigentes, conselheiros, famíliares e comunidades.
A segunda parte, Vida/Convivência, Direitos Humanos, Democracia e Conselhos de Educação, enaltece um agir pedagógico respaldado numa articulação compromissada como um direito inalienável de participar nos relacionamentos sociais, nas competições econômicas e nas disputas políticas, potencializando um caminhar libertador que resulte em vida abundante para todos.
Numa última parte, tão importante quanto às duas primeiras, Direitos Humanos, Sistemas de Ensino e Conselhos de Educação em Redes Associativas e Solidárias, estimula-se a emersão de uma malha dos conselhos de educação, multiplicadora de iniciativas fomentadoras do respeito aos Direitos Humanos, aqui entendidos de um modo amplo, geral e irrestrito.
Como balizamento norteador, o documento do Ministério da Educação, leia-se Secretaria Especial dos Direitos Humanos, estampa em página nobre um pensamento do escritor Ítalo Calvino (1923-1985), o “descobridor do fantástico no real”, nascido em Cuba, de pais cientistas italianos e considerado um dos mais importantes escritores do século 20: “cada vez que o reino do humano me parece condenado ao peso, digo para mim mesmo que, à maneira