ASSUNTOS CONVERGENTES
PRIMEIRO
Acontecerá no próximo mês de agosto, 3 a 5, o 13º SIMESPE – Simpósio de Estudos e Práticas Espíritas de Pernambuco, que acontecerá no Teatro Guararapes do Centro de Convenções de Pernambuco, sob tema Espiritismo – Da Ciência à Religião, da Filosofia aos Desafios Atuais da Humanidade. Com todos os ingressos já vendidos, dada a qualidade dos seus palestrantes, inclusive o atualmente maior médium brasileiro, Divaldo Franco.
Na exposição de vendas de livros do Simespe, estará presente o mais recente do médium Divaldo Franco, intitulado Luz nas Trevas, Salvador, LEAL, 2018, 200 p., psicografado do Espírito Joana de Ângelis, que também efetiva a Apresentação, de onde extraímos os seguintes trechos:
“Desde o início da Era Industrial, as criaturas humanas pensaram que a conquista tecnológica e a substituição da mulher e do homem pelas máquinas dar-lhes-iam dignidade, ao mesmo tempo que lhes ensejaria mais tempo para a cultura, o repouso, a convivência social.”
“Apesar das indiscutíveis e fantásticas aquisições, têm sido inevitáveis as agressões à Natureza, o grave problema do lixo nuclear, a poluição da atmosfera, dos rios e dos mares, o desmatamento perverso, o crescente aniquilamento de espécies de vida e as guerras insanas que atormentam a Humanidade.”
“O homem continua ‘lobo do homem’, no seu desvanecimento incontrolado, e os fantasmas do desespero ameaçam países de miséria irrecuperável, enquanto outros navegam nos mares do desperdício e da extravagância.”
“As religiões, por sua vez, em grande número, para estarem de bem com as massas aturdidas, substituem o Reino dos Céus pelos lucros da Terra, cultivam e estimulam o desplante de negociar com Deus, em espetáculos ridículos de fé orquestrada pela presunção e disparates típicos da sociedade em decadência.”
“Nosso modesto livro é um grito, um apelo à penetração da luz na escuridão das almas e do ambiente, objetivando contribuir com pequenas propostas psicoterapêuticas, oferecidas pelo Espiritismo, na interpretação do Evangelho de Jesus, o Homem-Luz, que ainda confia em nós e nos ama.”
Decididamente, o livro acima é uma texto-convite, onde somos convocados à auto iluminação e ao auto encontro através de procedimentos psicoterápicos embasados nos ensinamentos do Homão da Galileia, nosso Irmão Libertador e da Doutrina Espírita codificada por Allan Kardec.
SEGUNDO
De uns tempos para cá associado sou do GEEC – Grupo Educação, Ética e Cidadania, uma organização sem fins lucrativos, sediada em Divinópolis, Minas Gerais, que tem como visão institucional “promover o desenvolvimento do Ser em sua plenitude, considerando todas suas dimensões, direitos e deveres, contribuindo para a harmonia das relações consigo mesmo, com o outro e com a natureza”. E seu selo editorial Ethos Editora lançou, em 2014 e 2017, em dois volumes, A Ética de Jesus, onde se analisa, respeitando-se o nível de apreendência de cada um, os ensinamentos do Mestre Galileu esclarecidos pela Doutrina dos Espíritos, onde algumas polêmicas ainda persistem até os tempos de agora, muito embora todas elas não sejam mais relevantes, interessando apenas aos especialistas em quase coisa alguma.
Os balizamentos do Mestre Jesus, devidamente esclarecidos pelos Doutrinadores apontam para a existência de um equilíbrio notável entre as duas realidades da vida imortal, a encarnada e a desencarnada. Os versículos foram estudados pelos integrantes do GEET, observando uma sequência temática e cronológica dos evangelhos. Cada capítulo dos volumes editados constitui-se de três partes: a narrativa evangélica do texto, resumo dos comentários e reflexões efetivados durante as reuniões semanais do Grupo, e a mensagem de um ou mais Espíritos , psicofonicamente identificados como “amigo espiritual”. Tais partes tornam os volumes acima únicos e peculiares em língua portuguesa, dada sua característica sábia e transcendental que fermenta as reflexões efetivadas.
Os dois volumes me foram citados pela amiga-irmã Ruth Cardoso, uma das responsáveis pela divulgação editorial do Clube do Livro da Ethos Editora (37-3222-3163, av. 21 de abril 122, Centro Divinópolis/MG, CEP 35.500-100, e-mail comercial@geec.org.br) .
Para atender a curiosidade de muitos, sobre os objetivos que levaram o Grupo a concretizar um projeto de envergadura pioneira, ressalte-se uma única alternativa: a inspiração provocada pelos orientadores espirituais, fomentadores das energias necessárias para a concretização de uma iniciativa muito aplaudida por milhares, Brasil afora.
Na Apresentação está ressaltado: “Desejamos que este livro possa mostrar os ensinamentos do Mestre em sua essência, o cerne das lições, contextualizado, o que Ele deseja transmitir aos homens: os valores renovados e atualíssimos do ‘Reino de Deus’ que ‘está dentro de nós’. Em síntese: comover o amigo leitor, da mesma forma que fomos a refletir sobre o processo da nossa evolução espiritual. Nosso desejo é que esta obra alcance os seus objetivos e que Jesus abençoe as nossas intenções.”
Inicialmente, o livro primeiro traz uma Introdução, onde algumas palavras são empregadas, caracterizando o estado dos costumes e da sociedade judia daquela época, as quais foram mal interpretadas no decorrer dos séculos gerando incertezas e atordoamentos. As palavras que merecem uma explicação são as seguintes: samaritanos, nazarenos, publicanos, peageiros, fariseus, escribas, sinagoga, saduceus, essênios e terapeutas. Ressaltemos algumas delas, a título de exemplo:
Samaritanos – Após cisma das dez tribos, Samaria tornou-se a capital do reino dissidente. Era uma das quatro divisões da Palestina, tendo sido embelezada por Herodes, denominado o Grande. Eles sempre estiveram em guerra com os reis de Judá, os dois povos tendo entre si uma aversão profunda. Os samaritanos somente admitiam o Pentateuco. Para os judeus ortodoxos, eram considerados heréticos. Eram os protestantes da época e só se casavam entre si.
Nazarenos – Judeus que faziam votos por toda vida. Adotando a castidade e a abstinência de álcool, não cortando cabelos. Sansão, Samuel e João Batista eram nazarenos. Mais tarde deram esse nome aos primeiros cristãos, por alusão a Jesus de Nazaré.
As demais identificações apontam para uma sociedade pluralista à época do Rabi da Galileia, com a sua Mensagem que revolucionou o planeta.
Numa conjuntura brasileira de incontáveis bandalheiras, mil e uma hipocrisias e uma sociedade que pouco se respeita, vale a pena ler os livros acima, atentando-se para uma conversão interna na direção da Luz do Amor.
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Fernando Antônio Gonçalves é pesquisador social
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