1580 – PONDERAÇÕES SOBRE UM ATENTADO


Creio que o ato tresloucado de um alucinado do PL em desejar bombardear o Supremo Tribunal Federal, na Praça dos Três Poderes, na Capital Federal, está a merecer algumas ponderações, captadas de leituras várias e conversas muitas mantidas pelos meios eletrônicos de comunicação. Sobre todas elas, assumo integral responsabilidades, inclusive omitindo as identidades dos que comentaram comigo os assuntos abaixo expostos. Eis as principais captadas:

a. Há um desnível gritante entre as várias mentes pensantes brasileiras e os evolucionários meios eletrônicos de comunicação. Há uma generalizada mediocridade mental, bastante preocupante nos setores educacionais, esportivos, religiosos, políticos, ideológicos, militares, jurídicos e assistenciais dos quatro cantos do país. Urgindo uma PNDSA – Política Nacional de Desenvolvimento Social Ampliado, favorecendo a eliminação de uma CF – Cultura de Fingimento, apenas aparência e sem uma mínima consequência efetiva.

b. Também urge um novo Sistema Nacional de Educação, favorecendo a emersão de uma CCEE – Cidadania Crítica Ética Empreendedora, proporcionando a erradicação dos ideários sectários que apenas proporcionam violências, mortes e regimes ditatoriais, além de um assistencialismo mentalmente desestruturador.

c. Costumo dizer, às pessoas que não me conhecem, que sou um admirador profundo dos ideários dos já eternizados Buda, Dom Hélder Câmara, Montaigne, Paulo de Tarso, Martin Luther King e Mahatma Gandhi, todos eles filhos amados do maior revolucionário da História Mundial, Jesus Cristo, nosso Irmão Libertador. E explicito sempre uma reflexão do sempre lembrado Arcebispo Metropolitano de Olinda e Recife: “Até um relógio parado, tem razão duas vezes ao dia”.

d. O mais importante é jamais parar de, sempre pacificamente. questionar, para sempre potencializar os amanhãs que se descortinam, favorecendo novas e radiantes madrugadas, mesmo depois de terríveis noites de plena escuridão.

e. Fracassado é todo ser humano que erra e não é capaz de aproveitar a experiência, sem perceber a grandeza das correções praticadas, sempre para o bem de si e de todos.

f. Em tempos de mudanças aceleradas, inclusive com a revolucionária IA – Inteligência Artificial, humores dos mais variados níveis são postos em prática pelos estamentos políticos do planeta, alguns deles desejosos de impor vanguardas nem sempre compatíveis com os ideários social-democrático compatíveis com a pós-modernidade.

g. Os negativistas, hoje seita bastante crescidinha, são quase todos malamados, possuindo uma estupidificante insuficiência cultural, apesar de muitos serem possuidores de renda, alguns até tendo adquirido formação superior.

h. Todos os seres humanos racionais, não ruminantes, costumam se desafiar civilizadamente com muita frequência, nunca esquecendo o ensinamento do notável rabino Harold Kushner: “Não há jeito de evitar a morte. Mas a cura para o medo da morte é o sentimento de ter sadiamente vivida.”

i. Para quem não conhece Os Ensaios, de Michel de Montaigne, extraordinário pensador francês, eis uma reflexão dele que merece ser bem guardada no fundo do coração: “De que nos serve entender as coisas se com isso nos tornamos mais covardes, se esse conhecimento nos tira o repouso e a tranquilidade de que gozaríamos sem ele, se nos reduz a condição pior que a do porco de Pirro?”

Por fim, duas recomendações a mais, de dois notáveis talentos brasileiro, sempre lembrados por suas apresentações musicais:

Nada do que foi será de novo do jeito que já foi um dia” (Lulu Santos, cantor)

Fiquem velhos, mas nunca envelheçam” (Capiba, maestro pernambucano)

E para quem não se manja, como Dona Janja, não se deve criticar quem quer que seja da política internacional, sem uma boa consistência mental.


Fernando Antônio Gonçalves é pesquisador social