1548 – POR UM URGENTE PNDG


Nesta etapa ainda quase principiante do século XXI, onde a IA – Inteligência Artificial já se manifesta em múltiplos setores da vida brasileira, urge a instituição de um Programa Nacional de Desidiotização Geral, favorecendo o desabestalhamento cognitivo de todos os segmentos de um Brasil que necessita sair de uma ingenuidade amplamente virótica para uma atividade permanente de pensação empereendedora, favorecendo gregos e troianos de uma nação que necessita ser firme, forte e bem integrada no cenário mundial de cognitividade alta.

Alguns sintomas evidenciam a urgente necessidade de um PNDG de longa duração, para a sustentabilidade de um nível mínimo de contemporaneidade evolucionária, sob pena de se ir, ladeira abaixo, para uma situação socialmente deletéria, onde até os que muito lucram se sentirão inseguros dos seus atuais estágios de confortabilidade. Eis os sinais precários mais evidentes:

– Analfabetização acelerada do atual Sistema Educacional Brasileiro, com as mínimas exceções de sempre, bastando assistir programas televisivos de perguntas ingênuas e respostas que espelham uma equinidade mental de grosso calibre. História, geografia, matemática e conhecimentos gerais, as principais vítimas das barbaridades cometidas.

– A eleição para a Comissão de Educação da Câmara Federal de um MAP – Metido a Parlamentar, nível mental deletério, sem mínimos princípios comportamentais ao querer imitar, sem sucesso algum, o palhaço Tirulipa.

– As novelostas televisivas que estimulam, em horários nobilíssimos, feminicídios, fraudes, agressividades contra crianças, machismos, fingimentos, falsidades e hipocrisias, além de outras idiotices comportamentais que mutilam a dignidade mínima de qualquer ser humano, a la BBB.

– O encerramento das atividades de muitas livrarias nas principais capitais brasileiras, humilhando todo país quando tomamos conhecimento que Buenos Aires, a capital da Argentina, tem mais livrarias que o Brasil inteirinho.

– O percentualismo exagerado dos noticiários televisivos, apresentados sem uma mínima consistência analítica científica, induzindo opiniões prós e contras, a depender da direção maior dos informativos.

– A desobrigação da ministração da disciplina Introdução ao Pensar, no Ensino Médio, acarretando uma fragilidade gigantesca nos primeiros passos analíticos no Ensino Básico e no Primeiro Grau, geralmente sob a responsabilidade de docentes com inexistente preparação técnico-didática para um ensino de qualidade.

– A existência de Prova de Vida, sinalizando uma incapacidade fiscalizatória contra fraudes e outras embromações informacionais. Tudo em plena era da Intelig\ência Artificial, onde se estar sendo comprovado até sinais de infecção em quem ainda permanece intrauterinamente.

– Cursos de Pedagogia sem uma mínima consistência curricular, a mercê de sabidões engabeladores de um ensino superior que de superior nada possui, apenas objetivando lucros rápidos e seduzindo bobalhões iludidos.

– Uma religiosidade infantilizada, sem espiritualidade alguma e sem apontar efetivamente para os PT – Problemas Titanic que estão abaixo da superficial comportamental de cada um, causadores de afundamentos morais e éticos em muita gente metida a séria.

– Bibliotecas públicas de acervos nunca atualizados, tampouco dotadas de equipagem internética de qualidade, geralmente “gerenciadas” por pessoal não capacitado em Biblioteconomia, muitos apenas com educação nas primeiras letras.

– Permissão descabida de uma só torcida em clássicos jogos de futebol, comprovando uma Segurança Pública desprovida de estratégias preventivas e de um judiciário sem rápidas punições carcerárias. Partidas de futebol com torcidas separadas é a mesma coisa de tomar café com leite em ordem sequencial, primeiro o leite e depois o café.

Por enquanto é só alguns dos inúmeros sinais que estão a exigir um urgente PNDG, antes que tudo vá para o fundo do mar, a la Titanic.


Fernando Antônio Gonçalves é pesquisador social