1436 – PARA UM ARRETADO NATAL MUITO ÓTIMO


Nas proximidades de mais um Natal, saúdo todos os meus irmãos terrestres, de todas as crenças religiosas, etnias, classes sociais, gêneros, níveis educacionais e regionais, desejando a todos eles amanhãs mais promissores, sem pandemias assassinas, todos abençoados pelo maior revolucionário da História da Humanidade, num 25 de dezembro nascido. Para quem enviei a seguinte mensagem:

Amado Mestre, meu Irmão Libertador:

Neste ano de 2021, tenho tido muitas alegrias e alguns desencantos, com atos e fatos de um contexto mundial que se contorce em busca de uma vacinação para todos, formatações sociais menos díspares, mais intrinsecamente humanas. A subjugar um comprometimento  moral que parece ser postura vencida, apesar da convicção do escritor Tom Chung: “O comprometimento é que transforma a promessa em realidade. Comprometa-se em dar o melhor de si em qualquer situação. Esta é a diferença entre sapos e príncipes”. Uma convicção que, às vezes, diante de tantas contradições e decepções, me deixa com uma dúvida atroz: seria alguns mandatários mundiais sapos ou príncipes? Alguns, legítimos sapos, amplamente despreparados em matéria de governabilidade.

Para sedimentar melhor minhas convicções, tenho relido muito Seus ensinamentos, inclusive, para não confundir salvação com igreja. E dentro das minhas limitações mentais e comportamentais, estou cada vez mais percebendo que os fiascos fazem parte da vida, a velocidade do caminhar só sendo útil quando se está a correr na direção correta.

Conheci pelas redes sociais muita gente nova, umas mentalmente lindas, outras nem tanto,  não me sendo possível contemplá-las melhor, posto que já se encontram em Sua Mansão. Elas foram abruptamente arrancadas das suas caminhadas por razões que só por Seu Pai devem ser compreendidas e julgadas, embora sempre profundamente lamentáveis.

Nas minhas notícias recentes, encontrei batalhadoras incansáveis pelos menos favorecidos. E através dos suas militâncias, voltei a perceber que a vida vale a pena ser vivida, se bem entendermos que “uma jornada de mil milhas começa com um simples passo”.

Para cada um dos remetentes envio, neste Natal, o que escrevi em momentos passados, quando me imaginei escritor: “Que jamais eu a perturbe. Tampouco a canse. / Serei da melhor maneira que posso. / E a quero como quiseres ser. / Por você, até onde o infinito alcance, / Feliz com a vida, sem qualquer remorso / De ver o mundo como você vê”.

Tenho me aproximado mais de pessoas inteligentes e emocionalmente  equilibradas, para usufruir momentos de muita enxergância. Uma delas, profissional de reconhecida credibilidade, me fez refletir muito sobre um pensamento magistral de Helen Keller, mulher que soube viver como ninguém, apesar de todos os seus físicos contratempos, posto que era  cega, surda e muda: “Quando uma porta se fecha, outra se abre; acontece que olhamos tanto tempo para a porta fechada que deixamos de ver aquela que se abriu”.

Com todo afeto, continuo ao Seu inteiro dispor, sempre com idêntico propósito do xará Fernando Pessoa: “Dá-me alma para te servir e alma para te amar. Dá-me vista para te ver sempre no céu e na terra, ouvidos para te ouvir no vento e no mar, e mãos para trabalhar em teu nome”.

Recomendações à Sua mãe Maria, que muito amo, posto que sou um cristão espírita, mariano e helderista. E ao caríssimo José, seu pai, que não se acovardou nunca diante de uma aparentemente desconcertante Anunciação.


Fernando Antônio Gonçalves é pesquisador social