REFLEXÃO SEMANAL:

SINALIZAÇÕES DIVERSAS

Conheço inúmeras pessoas, nos meus derredores comunitários, que estão sobrevivendo sob os mais diferenciados balizamentos existenciais, a grande maioria delas caminhando sob a situação emitida pelo terceira idade Jean Serment: “Passei a minha vida inteira tenso como um arco, mas sem nunca saber para onde apontar a flecha.”

Com a evolução da área tecnológica e o enfraquecimento dos Ensinamentos Humanísticos nos quatro cantos do planeta, há muitas décadas se convive com uma Espiritualidade sem consistência crítica, tudo ficando embasado pelos ensinamentos adquiridos na infância, em inúmeros atualmente promovendo uma inquietação desesperadora: Será Deus uma dúvida, uma certeza ou uma distorção? Um questionamento que vem sendo respondido das mais variadas maneiras, ninguém mais se importando em entender a lição moral contida num antigo conto do Oriente Médio, abaixo explicitado resumidamente:

A verdade e a mentira foram tomar banho num rio. Despiram-se e entraram nas águas. A mentira, enganosa como sempre, saiu primeiro e vestiu-se com as roupas da verdade. A verdade preferiu andar nua a vestir as roupas da mentira. Resultado: as pessoas preferiam uma mentira travestida de verdade a uma verdade nua e crua.”

Com fraterna solidariedade, recomendo aos meus companheiros de viagem que não se incorporem abruptamente em denominações religiosas que apenas propagam falações despropositadas sem consistências epistemológicas, ridiculamente pedintes de auxílios financeiros, sempre escamoteando o caminho mais significativo para uma Espiritualidade Libertadora. Pregações frágeis, sem densidade argumentatórias, sem uma mínima criticidade, a nulificar proposições sementeiras verdadeiras, desfavorecendo a emersão de um pensar consistente direcionado para a Luz Divina.

Adotemos cada vez mais uma racional enxergância para os futuros que nos aguardam, sem buscar repetir passos já percorridos, tentando ser mais positivamente diferenciados, jamais se postando superior aos demais, sempre compreendendo a trajetória de cada derredor recebedor de luzes diferenciadas nos pretéritos.

No mundo atual, onde uma educação crítico-libertadora se situa em níveis deploráveis, quase sendo dominada por um tecladismo celularático repleto de fake news, injúrias, difamações, merdalidades e apologias cretinas, saibamos alertar continuadamente alienados e desprevenidos cada vez mais obcecadas pelas partes do corpo, inclusive pelas situadas da cintura para baixo.

Muitos estão indagando, diante dos atuais gravíssimos problemas mundias, com milhares e milhares de milhares sofrendo fome, sede, desemprego, frio, desesperanças, humilhações e mortes prematuras: Como enfrentar uma situação tão desesperante, de uma maneira concreta e duradoura?

Recomendo aos espiritualistas e espiritistas pensantes não ruminantes, um livro trecentemente editado no Brasil por alguém seguidor de Jesus, Mestre em Desenvolvimento Intenacional pela London School of Economics, gerenciador de projetos de desenvolvimento sustentável em prefeituras brasileiras, a exemplos de São Paulo, Belo Horizonte, Recife, e Salvador. O livro: ECONOMIA DO REINO: QUATRO CAMINHOS CRISTÃOS PARA LIDAR COM A RIQUEZA E A POBREZA DO MUNDO, Mathews Ortega, Rio de Janeiro, Editora Thomas Nelson Brasil, 2021, 208 p. Uma leitura que favorecerá mentes, corações e novas iniciativas, entendendo por que nem a riqueza nem a pobreza têm valor eterno, mas sim a Justiça e a Igualdade.

Saibamos ser diferentes, jamais egolátricos. E, como disse William Wilberforce (1759-1833): “Você pode escolher o outro lado, mas nunca poderá dizer de novo que não sabia.”